06/09/2021 09:39 Há 3 anos

Vereador que foi preso por bater em noiva, deve continuar preso



Diogo Castilho foi preso no sábado à noite, autuado em flagrante por violência doméstica e levado para a PED

A juíza plantonista Rosângela Alves de Lima Fávero negou liberdade ao vereador Diogo Castilho (DEM), que está preso desde a noite de sábado (4) em Dourados por violência doméstica. Depois de passar o dia ingerindo bebida alcoólica, ele brigou com a noiva, durante a discussão tentou esganá-la e ainda a ameaçou de morte.

 

Autuado em flagrante pelo delegado Francis Flávio Tadano Araújo Freire, ele teve a prisão preventiva decretada ontem e em seguida levado para a PED (Penitenciária Estadual de Dourados).

 

Ainda neste domingo, os advogados Leda Roberta Grünwald e Renan Souza Pompeu pediram a liberdade provisória alegando que Diogo Castilho, que é médico, tem trabalho lícito, residência fixa, é primário, tem bons antecedentes e que tem filho menor como seu dependente.

 

O Ministério Público foi contra a liberdade. “Se é de intenção do requerente [Diogo] não ser inserido no sistema carcerário que, conforme exposto em seu pedido, é de seu pleno conhecimento a situação precária em que hoje se encontra, bastava ter comportamento de respeito à sua companheira, nela reconhecendo a pessoa de iguais direitos aos dos homens”, afirmou o representante do MP.

 

Ao negar a liberdade, a juíza afirmou que que o exercício unilateral da guarda do filho, “uma vez declarado que é consensual sem processo judicial, não afasta a possibilidade da genitora, avós ou outros familiares dispensarem os cuidados necessários ao filho”.

 

Ela também citou o fato de Diogo Castilho ter ameaçado a noiva de morte. “Há sério risco para a instrução criminal, posto ter sido informado pela vítima ter o investigado utilizado de ameaça como forma de calá-la, quando da chegada da guarnição policial ao local dos fatos, quando ele disse para ela falar para os policiais que estava tudo bem e que tinha ocorrido apenas uma discussão de casal”.

 

Rosângela Fávero continua: “esta situação evidencia, sem sombra de dúvidas, o risco que a vítima estará vivenciando, se em liberdade for posto o requerente, como também o sério perigo para as investigações que estão em curso, já que demonstrado, também de forma concreta, não medir ele esforços para tentar silenciá-la, situação a justificar a medida extrema ora reafirmada”.

 

*Informação por Dourados Informa

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