Novo golpe no Instagram cria perfil falso de mulheres reais e associam imagem à venda de conteúdo adulto

Clientes do Instagram estão sofrendo com uma ova modalidade de golpe que se espalhou pelo país: perfis reais são copiados e associam a imagem da pessoa real com venda de conteúdo adulto na internet. Nos perfis falsos, fica disponibilizado um link, que leva a um site de domínio da empresa WIX. No destino final do link, o usuário é estimulado a comprovar sua maioridade fornecendo dados do cartão de crédito, onde é lesado com uma compra em valores variados, que podem chegar a R$ 300,00.

As muitas etapas do processo revelam uma grande organização para lesar internautas desavisados. No primeiro passo, temos a criação de perfis falsos, copiando dados de mulheres reais na rede Instagram. Os “fakes” postam fotos e stories com texto afirmando a venda de conteúdo adulto em plataformas conhecidas. Nessas páginas são disponibilizados links para um site que são cópias de plataformas de venda de conteúdo adulto. Então temos a “verificação de maioridade”, onde o internauta precisa fornecer dados do cartão de crédito para ver as fotos e vídeos ou assinar mensalmente o site de conteúdo adulto.

Todos os sites levantados até agora estão em uma plataforma que fornece serviço gratuito de hospedagem. Os modelos copiam outros sites já famosos e consolidados no Brasil. A identidade visual, logomarcas e nomes são parecidos, o que dificulta a identificação do golpe.

Orientação

Segundo a advogada Danielly Rocha (Medeiros & Medeiros Advogados Associados), as vítimas devem denunciar os perfis falsos e pedir a retirada do conteúdo do ar. Se as empresas responsáveis não tomarem nenhuma atitude, cabe processo judicial para remoção do conteúdo e indenização por danos morais, já que essas infrações ferem os princípios da segurança no ambiente virtual, como previsto na Lei Nº 12.737/12.

“As vítimas podem ingressar judicialmente para buscar a indenização pelos danos sofridos, tanto pela exposição de suas imagens, quanto pelas criações de contas imputando condutas que infringem a moral das vítimas, além claro, da omissão das plataformas em removerem os conteúdos difamatórios. Diante disso, podem ingressar com ação de indenização por danos morais em face das plataformas, tanto Instagram como as plataformas que disponibilizam os sites. Essa medida judicial pode ser proposta tanto de forma individual, como de forma coletiva” explica a advogada.

As plataformas ainda não se manifestaram publicamente sobre os casos e a demora da remoção dos conteúdos falsos agrava a sensação de insegurança das vítimas.