21/10/2021 13:26 Há 3 anos

Gestão passada da OAB foi inerte em assassinato de advogado



Everton Brito, na época presidente da Comissão de Prerrogativas e o presidente da Ordem não nomearam nenhum assistente de acusação no processo criminal

Gestão passada da OAB foi inerte em assassinato de advogado

 

Na gestão passada da OAB Dourados, em 2017, ano em que o atual candidato à presidência da 4ª Subseção da OAB Dourados e Itaporã, Ewerton Brito, presidia a Comissão de Prerrogativas, um jovem Advogado foi brutalmente assassinado pelo cliente. O caso chocou toda a comunidade jurídica, a sociedade douradense e ganhou repercussão na mídia nacional.

Há época, os representantes da 4ª Subseção, então presidida por Fernando Duque Estrada pertencente ao grupo político que permaneceu seis anos no poder da 4ª Subseção e agora apoiam a candidatura de Brito sócio de escritório de Felipe Azuma, também ex-presidente da OAB Dourados, ficaram inertes, enquanto instituição e não nomearamassistente de acusação no processo criminal que levou a júri o culpado pelo crime que vitimou o Advogado V.L.J.

 

Gestão passada da OAB foi inerte em assassinato de advogado

 


Na época a direção da OAB chegou a emitir uma nota a respeito da questão, se comprometendo em nomear uma comissão especial para atuar no caso e acompanhar todos os desdobramentos. Mas o fato é que a entidade e nem mesmo a Comissão de Prerrogativas então presidida por Brito, não nomearam um assistente de acusação e sequer houve manifestação da OAB nos autos do processo, em favor da memória da vítima ou buscando a condenação do culpado pelo crime.

A displicência institucional ao se calar sobre participar na defesa da memória do jovem advogado gerou revolta de muitos advogados, que se sentiram fragilizados diante de tamanha inércia e descaso com um caso tão grave envolvendo um crime contra a vida de um Advogado.

Recentemente, em vídeo de campanha Ewerton Brito se orgulha de ter sido presidente da Comissão de Prerrogativas e promete estar presente quando um colega Advogado sofrer algum tipo de violação. Mas na prática, os fatos revelam que nesse caso quando teve oportunidade de agir, mostrou exatamente o contrário.

A família do Advogado morto V.L.J. contou apenas com apoio de um amigo, advogado criminalista bastante conceituado no município, que não quis ter o nome divulgado. Ele se ofereceu gratuitamente para fazer a assistência de acusação, no processo, já que a OAB, na gestão passada presidida por Duque Estrada pertencente ao grupo político que permaneceu seis anos no poder da 4ª Subseção, se manteve inerte na defesa da honra de um colega de profissão, cruelmente assassinado no exercício da advocacia.

O que chamou atenção de muitos, sendo causa de indignação inclusive, é que um ano e meio depois do crime, passada toda instrução do processo e o julgamento pelo Tribunal do Júri. Os representantes da gestão passada tornaram a fazer mídia com a tragédia, e apareceram concedendo Moção de Homenagem as autoridades policiais envolvidas no caso, com a afirmação de que “a OAB atuou firmemente a fim de que houvesse uma resposta rápida das autoridades responsáveis,”, disseram no post, os mesmos dirigentes que não nomearam um assistente de acusação e sequer se manifestaram nos autos do processo, em favor da memória da vítima ou buscando a condenação do culpado pelo crime.

Nesta mesma ocasião em que os representantes da OAB da gestão passada tornaram a fazer mídia com a tragédia, a indignação foi tamanha que o genitor do Advogado vitimado esclareceu no post do facebook da OAB Dourados que “A família do advogado (...) agradece a polícia civil de Dourados pelo ágil e eficaz trabalho desenvolvido nesse crime bárbaro que nos trouxe inestimável perca. (...) Ao amigo Advogado que se disposto voluntariamente a atuar no processo em apoio a família e em memória ao amigo de profissão. enquanto OAB ficou omissa no caso e não deu assistência a familiares nem no tribunal do júri” [sic].

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