18/11/2021 09:51 Há 3 anos

Falta de debate e incoerência marcam campanha da OAB em Dourados



Advogados escolherão os novos representantes da Ordem, no Estado e em Dourados e Itaporã nesta sexta-feira, mas muitas perguntas continuam sem respostas

 

 

Nesta sexta-feira, 19 de novembro a advocacia irá escolher os novos representantes no Estado e também na 4ª Subseção de Dourados e Itaporã.

Infelizmente as eleições deste ano não tiveram debates entre os candidatos, para que estes pudessem esclarecer dúvidas, em especial aqueles ainda indecisos sobre em que chapa votar. Uma revista chegou marcar um debate, que foi aceito de pronto pelo representante da Chapa 10 Beto Teixeira, mas o outro candidato Ewerton Brito negou o convite, alegando que tinha compromisso mais importante, para essa data. Iria comparecer à festa de encerramento da campanha de Bito,candidato a OAB no Estado, em Campo Grande.

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Durante a campanha faltaram propostas e sobraram ataques, pelo menos de um dos lados, que ainda não conseguiu esclarecer os eleitores sobre vários discursos incoerentes feitos durante o pleito eleitoral, na tentativa de convencer a classe a não votar na Chapa 10. Por exemplo, Beto Teixeira que é de família de produtores rurais propôs a luta pelo porte de arma de fogo aos Advogados, Enquanto que o candidato que se alto intitula de “direita”, Ewerton Brito nada disse a respeito.

 

Ewerton Brito discursou também que “iria tirar a OAB das mãos dos políticos e que a Ordem era um puxadinho da prefeitura”. Só esqueceu de contar aos eleitores que é filiado ao Partido Podemos, vários apoiadores do grupo ocupam cargos de confiança na prefeitura e que ele, o sócio e ex-presidente da 4ª Subseção Felipe Azuma e outros advogados realizaram reuniões políticas dentro de escritório de advocacia para pedir voto para o então candidato a prefeito Barbosinha. Já Beto Teixeira, da Chapa 10, nunca foi filiado a partido político e nem fez campanha político-partidária para nenhum candidato.

 

Brito omitiu ainda que integrantes da diretoria da chapa que encabeça possuem colegas de escritório ocupantes de cargos de confiança na prefeitura de Dourados, no caso sua vice-presidente se apresenta nas mídias como associada do escritório da atual Diretora Administrativa da FUNSAUD, e sua secretaria geral se apresenta nas mídias sociais como associada de advogada ocupante do cargo em comissão Assessor Jurídico II. No caso Brito omitiu que em sua chapa, mesmo por via interposta, está repleta do tal “puxadinho da prefeitura”.

 

A OAB/MS também apura a existência de uma conta “fantasma” que teria sido usada como “Caixa 2” durante o mandato do ex-presidente da entidade, Fernando Duque Estrada, que é um dos coordenadores da campanha de Ewerton Brito. Embora as contas oficialmente apresentadas pela Subseção tenham sido aprovadas, a Corregedoria encaminhou para Controladoria Orçamentária, da entidade, o pedido para que fosse verificada a existência de escrituração da Conta Corrente 33.083-07, do Banco Sicredi, em nome da 4ª Subseção. No parecer o responsável pelo departamento revela que “não temos conhecimento da referida conta e que nada constante do Extrato foi contabilizado no Setor da Controladoria da OAB/MS”. Os responsáveis foramintimados pela Corregedoria da OAB para prestar esclarecimento em um prazo de 15 dias.

 

O representante da chapa 20, que não quis participar do debate, também usa como discurso a defesa da jovem advocacia e o apoio ao novo profissional. Mas não explica porque na época que liderou a Comissão de Prerrogativas e a 4ª Subseção era presidida por Duque Estrada tentaram fechar e impedir a atuação da ANA – Associação do Novos Advogados de Dourados.

 

Brito também não explicou porque depois de criticar tanto Mansour Elias Karmouche, atual presidente da OAB/MS e acusá-lo de prejudicar a advocacia douradense decidiu caminhar de mãos dadas com ele nessas eleições e apoiar Bito, candidato lançado pelo atual presidente.

 

Inclusive Mansour depois de ser questionado por colegas advogados sobre a proximidade com do presidente nacional da OAB, Felipe Santa Cruz, para obtenção de recursos para pagar a folha dos salários dos empregados da OAB em 2019, decidiu em ato autoritário e ditatorial excluir todos advogados de oposição integrantes dos grupos de whatsaap“Gestão OAB/MS 2019/2021’’, “Presidentes Gestão 2019/2021’’, “Conselheiros Gestão 2019/2021’’ e ‘’Diretoria2019/2021’’. Este ato foi objeto de nota de repúdio dos advogados excluídos, que exigiram pronta retratação daquele que embora presidente da OAB MS, não pode agir como se fosse um Rei ou Suserano da advocacia do Estado.

 

Já a campanha de Beto Teixeira, da Chapa 10 foi propositiva e com discursos coerentes, pregando a consolidação da mudança começada há três anos na OAB Dourados e Itaporã, marcada pelo respeito e a inclusão de todos os advogados, sem encastelamento da instituição no interesse de um ou dois escritórios, tampouco para ser utilizada para perseguir jovens advogados, por exemplo.

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Por coerência ideológica a Chapa 10 de Beto e Mara se alinhou com a Chapa 11 de Rachel Magrini, que no Estado representa um movimento de mudança e oxigenação da OAB MS, rompendo com toda forma de autoritarismo e má gestão financeira do dinheiro da Ordem, como excessivos gastos de publicidade, por exemplo. A Chapa 11 de Rachel Magrini lidera as pesquisas na corrida pela OAB estadual e deu um espaço histórico de representatividade para Dourados e Itaporã, com 09 integrantes em cargos de destaque, como a titularidade de uma vaga no Conselho Federal e quatro vagas no Conselho Seccional, além da Presidência da Escola Superior da Advocacia no Estado.

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