23/03/2023 08:39 um ano atrás

Dourados venceu o tempo, mas não estava preparada para mais de 260 mil habitantes



Da redação

 

Antigamente! Quem se lembra? Nos tempos mais remotos, havia alternativas de informação escassas e os próprios veículos de comunicação eram menos imediatistas. Tudo parecia acontecer de maneira mais lenta, seguia um ritual moroso e tranquilo.

Por conta dessa sensação de movimento sistêmico e procrastinado, as administrações públicas seguiam essa tendência. Caminhavam de acordo com o momento e pouco se sabia de cidades que realmente desenvolviam práticas de planejamento da gestão. As ações sempre eram para o ano seguinte ou para os vindouros.

O tempo passou! O advento da globalização e expansão da internet, o futuro se tornou ser o agora. Poucos [ou praticamente nenhum] municípios estavam preparados para a imensa evolução. O período exigia que os agentes públicos tivessem visão de futuro, mas como pertenciam a uma antiga geração, sofreram e sofrem até hoje por não aceitarem a nova velocidade do tempo.

Veja só, a população mais que duplicou em pouco tempo e os serviços oferecidos pelas administrações ficaram aquém de atender as minímas necessidades. E está, justamente aí, um dos maiores problemas que Dourados enfrenta hoje. Seja por falta de planejamento no passado ou um crescimento sem controle, serviços públicos hoje são insuficientes. Se utilizarmos um recorte apenas de imigrantes acolhidos, utilizando os serviços, temos mais oito mil pessoas atendidas.

O crescimento populacional extrapola qualquer atendimento diário no setor Social, na Saúde e também na educação. Recentemente vimos o esforço da administração em acomodar os alunos nas escolas municipais, uma das ações imediatas foi a contratação de vagas em unidades particulares da cidade.

O motivo de tantas dificuldades deve-se à falta de planejamento de administrações anteriores. O erro do passado faz com que, por exemplo, hoje faltem construções de novas salas de aula ou até mesmo novos prédios escolares. A administração atual se deparou com essa crise, instaurada a toque de caixa, e, mesmo assim, construiu novas salas e fez reformas para não desamparar as famílias e atender o maior número novos alunos. Em 2020, quando a pandemia começou, até 2023, houve crescimento de cerca de seis mil alunos atendidos pela Rede Municipal de Ensino. O salto foi de 27 mil para 33 mil atendidos.

Na Saúde não foi diferente, foram herdados pela atual gestão, os chamados "postinhos" com estruturas deterioradas, descontrole de insumos e condições precárias de trabalho aos servidores. A Unidade de Pronto Atendimento (UPA), é um exemplo clássico de que serviço oferecido ficou pequeno diante da quantidade de atendimentos diários. Assim, infelizmente a população é quem mais sente e é prejudicada.

Os problemas estruturais são inúmeros em todos setores. Ao mesmo tempo, um erro trazido, e inflado, ao longo dos anos, é com muito trabalho e organização que se conserta. É, quase que literalmente, o trabalho de colocar a locomotiva nos trilhos novamente. Para enfrentar essa situação, decorrente da falta de planejamento anterior, essa nova gestão vem fazendo um trabalho para além do equilíbrio das contas públicas, que já é uma marca, também realiza intensivo planejamento a médio e longo prazo para a Dourados de hoje e de amanhã.

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