11/03/2020 15:45 Há 4 anos

Dourados pode se tornar distribuidora de cargas com Corredor Bioceânico



Da redação

Na manhã desta quarta-feira (11), o diplomata de carreira João Carlos Parkinson de Castro, esteve no auditório da prefeitura de Dourados, detalhou o projeto e aos jornalistas destacou a importância da obra não apenas para a cidade, mas também para todo o Centro-Oeste brasileiro.

“Com esse corredor ficará possível não somente comercializar produtos já acabados, isto é, já prontos como carros, computadores, até mesmo grãos, como fará do município um forte distribuidor de cargas, tendo em vista que os empresários e produtores terão maiores condições para investir”, destacou o diplomata.


O Brasil precisa se movimentar e, por isso, ficou responsável pela construção de uma ponte que ligará Porto Murtinho ao distrito paraguaio de Carmelo Peralta, obra essa que deverá ser concluída entre dois e três anos, valor orçado em US$ 75 milhões [de dólares].


Por outro lado, na região paraguaia do Chaco, nesse mesmo período estará sendo concluída a etapa de pavimentação. Atualmente, a estimativa é que 100km de obras já estejam prontas. O valor, de acordo com João, é de US$ 170 milhões [de dólares].


“O grande investimento foi feito pelo Paraguai que já está pavimentando o Chaco, e é um projeto de US$ 170 milhões com recursos próprios e títulos financeiro internacional. No Chaco, estima-se que 100km de obras já estejam concluídas, e a previsão é que dentro de mais um ano, o primeiro lote esteja pronto, para dar início ao segundo”, disse.


Com o projeto em plena execução, haverá possibilidade de trazer insumos da Ásia e começar a desenvolver na região uma base industrial, e assim distribuir esses produtos às demais regiões do Centro-Oeste bem como todo o restante do Brasil. Hoje apenas praticamente os portos no sudeste brasileiro realizam esse trabalho de importação e exportação.


O Corredor Rodoviário Biocêanico tem também como intenção, reativar o terminal ferroviário em Ponta Porã de modo a aumentar o volume de carga transportado, e apesar de Dourados estar na rota, caberá aos empresários, produtores, decidir o que será exportado e importado.


“Importante mencionar que Jardim está interessada por captar cargas, Porto Murtinho está interessado em captar cargas, Ponta Porã está interessado em captar cargas. Agora o que vai para Ponta Porã, para Jardim, para Porto Murtinho, para Dourados, Campo Grande deve ser definido pelos produtos e empresários”, ressaltou.


Além de fazer a ligação entre os oceanos como citado no início da reportagem, a obra trata-se de uma conexão entre Porto Murtinho e os portos no norte do Chile, de forma partilhar, o de Antofafasta. Além disso, a economia deverá ter mais vantagem já que uma viagem até o Pacífico, será feita com 12 dias a menos, reduzindo também o valor do frete, e da comercialização dos contêineres que partem dos portos chilenos.

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