Urgência humanitária e os milhões de refugiados pelo mundo
Por Mariana Rocha*
No último domingo, 20 de junho de 2021, o dia internacional do refugiado, convida todos nós à reflexão sobre o futuro destas milhões de pessoas
Segundo relatório de tendências globais divulgado pela Agência da Onu para Refugiados, ACNUR, atualmente existem 82,4 milhões de pessoas deslocadas à força em todo o mundo, sendo 26,4 milhões delas refugiadas. A crise global é tamanha que esses são os maiores números registrados desde a Segunda Guerra Mundial.
No último domingo, 20 de junho de 2021, o dia internacional do refugiado, convida todos nós à reflexão sobre o futuro destas milhões de pessoas, dentre elas, milhares de mulheres e crianças, consideradas mais vulneráveis dentro de todo o contexto de babel. Dados da ACNUR estimam que entre 30 milhões e 34 milhões de deslocados sejam crianças. Enquanto refugiados cruzam as fronteiras internacionais para buscar segurança em países próximos, a maioria de nós, seguros em nossas casas, ainda não consegue enxergar a grande crise humanitária que atravessa o mundo, e que sem dúvidas, foi ampliada pela pandemia do Covid-19.
Refugiados são pessoas que escaparam de conflitos armados ou que são perseguidos, pelo seu próprio Estado, ademais, cabe dizer que são refugiados também, as pessoas perseguidas por terceiros, onde o Estado não consegue oferecer a proteção necessária à manutenção da vida. Segundo a ACNUR, mais da metade da população refugiada caminhando pelas fronteiras é composta de jovens e crianças.
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Ao conceder o status de refugiado a uma pessoa, proveniente de qualquer parte do mundo, os Estados buscam proteger não este ou aquele cidadão, mas a dignidade de um ser humano, numa existência livre da violência, tendo deveres para com o país em que se encontra, vivendo em conformidade com a lei vigente no território de refúgio.
A crise causada pela epidemia do coronavírus testa a nossa sensibilidade humanitária e inteligência emocional e nos abre caminho para ensaiar uma nova prática de responsabilidade social e ecológica que poderá despertar a verdadeira solidariedade geracional e compaixão na humanidade.
* Gestora da Rede de Coordenadorias da Prefeitura Municipal de Dourados
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