Uma professora indígena e um policial militar são presos pelo SIG em Dourados.

Na semana passada a Polícia Civil, por meio do SIG, obteve a informação de que produtores rurais estariam sendo extorquidos por duas pessoas, uma professora indígena e um policial militar, também indígena. A extorsão seria decorrente de conflitos por terras entre indíos "desaldeados" (não vinculados a uma aldeia) e proprietários rurais na localidade conhecida como perimetral norte, em Dourados, localizada na região da Avenida Guaicurus.

Nesse sentido, os dois teriam exigido R$ 150 mil para fazer cessar os conflitos na região, os quais se acirraram no feriado de 12 de outubro. Ciente do caso o SIG passou a monitorar os suspeitos, constatando-se que haviam fechado com os produtores rurais envolvidos em R$ 120 mil a serem pagos em quatro parcelas semanais de R$ 30 mil para que os ataques às propriedades rurais cessassem.

Ontem (21), a professora teria passado a pressionar os produtores, dizendo que se o valor não fosse pago eles "não iriam mais dormir" e que a "coisa ia ficar feia" na região do conflito. Marcado o local para a entrega da primeira parcela de R$ 30 mil, o SIG monitorou o local a ser efetuado o pagamento, sendo acionada a corregedoria da Polícia Militar em razão da possibilidade do policial se fazer presente no ato.

Os dois indígenas chegaram ao estacionamento de um mercado em uma motocicleta. No momento em que os valores eram repassados a professora pelo produtor rural os policiais atuaram, efetuando a prisão dela e do comparsa. Eles foram autuados em flagrante pelo crime de extorsão, uma vez que pagariam o montante mediante a grave ameaça de ter os seus imóveis rurais invadidos e seus bens depredados.

(Dourados Agora)