Transparência e governança: os desafios de Dourados para 2020
Por Mariana Rocha
O mandato de Délia Razuk (sem partido) atual prefeita de Dourados, está em vias de terminar, a partir de janeiro de 2021 Alan Guedes (PP) será o novo prefeito da segunda maior cidade do de Mato Grosso do Sul, município de grande importância para a lógica de oferta de serviços públicos para as cidades do cone-sul e para o desenvolvimento do estado como um todo.
Os últimos quatro anos foram marcados por uma gestão truncada, de pouca interlocução com os munícipes, de inúmeras incursões do Ministério Público e também do Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado. Quase cinquenta nomeações foram feitas para as secretarias e autarquias ligadas ao poder municipal, a rotatividade evidenciou a falta de planejamento, afinal, não há mais um único remanescente dos secretários apresentados na data da posse de Délia Razuk, em 1º de janeiro de 2017.
Além disso, a gestão deixou muito a desejar em termos de transparência, tendo enfrentado sérios problemas com a ingerência de operações policiais que buscavam prioritariamente informações administrativas.
A governança sociopolítica da cidade de Dourados deve construir e fortalecer conjunto de redes de políticas pública que gerem alternativas para demandas e problemas locais, a nova gestão da cidade de Dourados vai precisar se posicionar de uma forma diferente, disseminando, por conta própria ou sob demanda, o máximo de informações relevantes, de maneira acessível a toda população-alvo, sem violar a privacidade dos cidadãos nem ameaçar o interesse público.
Transparência e governança devem estar grafadas no planejamento estratégico da futura gestão do prefeito eleito Alan Guedes que deve escolher seu primeiro escalão com muita seriedade, buscando nomes técnicos e inovadores, com bons currículos e comprometidos com a missão de estar à frente do primeiro escalão da prefeitura nos próximos quatro anos.
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