Acidente em gigante metalúrgica do Espirito Santo: Familiares se unem em busca por Justiça
Edsney Cândido da Silva, um trabalhador de 43 anos, faleceu em decorrência de um grave acidente ocorrido na metalúrgica Brametal no dia 20 de março após sofrer queda em um tanque de ácido aquecido da empresa.
O trabalhador ficou internado em um hospital na capital Vitória/ES, passou por uma cirurgia e permaneceu em coma induzido, infelizmente vindo a falecer no dia 5 de abril em decorrência das queimaduras.
Mãe, irmãos, a viúva e a filha da vítima se reuniram para lutar pela memória de Edsney que era muito querido em toda a comunidade.
Edsney com sua mãe, esposa e filha
Os familiares contrataram o advogado especialista em acidentes de trabalho Rafael Medeiros Arena da Costa que atua em casos de grande repercussão nacional.
O advogado pontuou “esse caso chama a atenção pelas condições de trabalho enfrentadas por Edsney no momento do acidente, um risco enorme e diversas falhas de segurança. A família está muito abalada”.
Até aqui, a empresa Brametal somente depositou em juízo o valor de R$ 1.714,00 (mil setecentos e quatorze reais) que informa serem aos únicos direitos para os familiares, conforme ação que tramita na Vara do Trabalho de Linhares, autos n. 0000576-59.2024.5.17.0161.
Sobre o acidente
Informações preliminares indicam que Sr. EDSNEY CANDIDO DA SILVA durante a realização de uma tarefa ordenada por seu supervisor caiu dentro de um tanque com líquido corrosivo aquecido a mais de 80 graus.
Isso porque durante o serviço houve a quebra de uma grade de proteção frágil, feita de madeira antiga, que com o contato de Edsney desmoronou para dentro do tanque junto com o trabalhador que teve 90% do seu corpo queimado e após 15 dias internado faleceu por complicações das queimaduras de terceiro grau.
Fotografia do local antes do acidente
Segundo relatos de trabalhadores houve ainda outra grave falha de segurança na empresa pois um chuveiro que ficava próximo ao local com líquido adequado para retirada de ácido em caso de acidente simplesmente não funcionou.
Edsney foi levado então de forma improvisada por colegas de serviço para um banheiro comum de outro setor e foi lavado com uma ducha higiênica com água comum.
Revoltada, a Sra. Cleuziane protestou “meu irmão foi colocado em uma verdadeira armadilha, um local totalmente inseguro que o levou a morte. Ele foi buscar o pão de cada dia e não voltou mais para casa”.
Após o acidente a empresa promoveu modificações no local e construiu uma nova grade de proteção de concreto.
Segundo os familiares a empresa não prestouauxílio nesse momento de dor.
A empresa empregadora da vítima, a Brametal, emitiu uma nota lamentando profundamente a fatalidade e afirmou que a causa da morte está sob investigação dos órgãos competentes. "Neste momento difícil, prestamos os nossos mais sinceros sentimentos a familiares e amigos, além de todo o apoio necessário", comunicou a empresa.
Não obtivemos êxito no contato com a empresa, até o fechamento dessa reportagem, mas o espaço segue aberto.
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