Operação em MS mira PCC e bloqueia quase R$ 300 milhões em bens

A Força Integrada de Combate ao Crime Organizado (FICCO) deflagrou nesta terça-feira (23) a Operação Vila do Conde, voltada a desarticular uma célula do Primeiro Comando da Capital (PCC) responsável por tráfico internacional de drogas e lavagem de capitais.

Ao todo, foram expedidos pela 4ª Vara Federal de Belém 22 mandados de prisão preventiva e 40 de busca e apreensão, cumpridos simultaneamente em São Paulo, Pará, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais e Goiás. As autoridades não detalharam os municípios sul-mato-grossenses nem a quantidade de alvos no Estado.

A investigação começou em fevereiro de 2021, após a apreensão de 458 quilos de cocaína no Porto de Vila do Conde, em Barcarena (PA). A droga estava escondida em meio a uma carga de quartzo e tinha como destino final o Porto de Rotterdam, na Holanda.

Estrutura criminosa

Segundo a Polícia Federal, o grupo investigado estruturou uma rede logística transnacional para o envio de cocaína à Europa. A apuração revelou ainda um sofisticado esquema de lavagem de dinheiro, que utilizava empresas de fachada e investimentos em setores formais, como restaurantes e prestadores de serviços.

O esquema teria movimentado milhões de reais, resultando no bloqueio judicial de até R$ 291,5 milhões em bens, direitos e valores.

Alvo principal

De acordo com as investigações, o principal alvo da operação é Alexandre Constantino Furtado, vice-presidente da Liga das Escolas de Samba de São Paulo e presidente da escola de samba Império Casa Verde, apontado como integrante do PCC.

A ofensiva é coordenada pela FICCO/SP, composta por Polícia Federal, Secretaria de Segurança Pública e Secretaria de Administração Penitenciária de São Paulo, além da Secretaria Nacional de Políticas Penais (SENAPPEN).