Mandetta se despede de sua equipe e comunica que será demitido

Na noite desta terça-feira (14), o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, comunicou sua equipe que o presidente da República, Jair Bolsonaro, já está à procura de um nome para substituí-lo na condução da pasta, o que deve ocorrer ainda está semana. Mandetta ganhou protagonismo ao se tornar o membro do Governo federal capaz de dar as respostas necessárias à crise de saúde pública decorrente da pandemia.

Após entrevista da qual participou no Palácio do Planalto, o ministro conversou com integrantes da pasta em clima de despedida. Segundo relatos, o médico informou que combinou de esperar a escolha do substituto e de ficar até a exoneração de fato ocorrer. Membros de sua equipe sugeriram que ele pedisse demissão imediatamente, mas a ideia foi descartada pelo ministro, que já disse publicamente que “médico não abandona paciente”.

Antes da coletiva, Mandetta esteve presente na reunião do Conselho, com Bolsonaro e os demais ministros de Estado, na qual teria ficado em silêncio todo o tempo. Segundo relatos, o chefe da Saúde ficou em silêncio durante todo o encontro. Desde que percebeu a relevância que seu ministro estava ganhando e que começaram as críticas e desrespeitos às recomendações de Mandetta, o presidente já ameaçou demiti-lo algumas vezes, sendo a última impedida por conselhos da ala militar do Governo.
Contudo, o apoio que o chefe da pasta da Saúde recebia dos militares perdeu força depois de entrevista concedida ao Fantástico, que foi considerada pela cúpula no Palácio do Planalto como uma provocação desnecessária. Na entrevista, Mandetta explicou o quão prejudicial pode ser para os brasileiros essa dubiedade de condutas dentro do Governo federal, e alertou que a crise na saúde não está passando, pelo contrário, seu pico será em maio e junho.