25/09/2023 11:31 Há 8 meses

Geraldo Resende joga a toalha para 2024 e diz que eleitores de Dourados têm "dedo podre"



Em entrevista ao jornal Correio do Estado, deputado federal praticamente descartou candidatura à Prefeitura da cidade. Foto: Marcelo Victor

Em entrevista publicada nesta segunda-feira (25) ao jornal Correio do Estado, um dos mais tradicionais de Mato Grosso do Sul, o deputado federal Geraldo Resende (PSDB-MS) revelou, com exclusividade, que está praticamente fora da disputa pela prefeitura de Dourados nas eleições municipais do próximo ano, uma vez que coloca condições que dificilmente serão concretizadas.

“Saio candidato só se o pessoal de Dourados primeiro arejar um pouco o cérebro, porque lá os eleitores só fazem escolhas perversas, parece que eles têm o dedo podre. Eu fui derrotado na penúltima eleição para a prefeitura de Dourados por pessoas ligadas à contravenção”, declarou o parlamentar.

O deputado federal também misturou política com a religião e acrescentou que somente disputará a prefeitura de Dourados outra vez se toda a população do município virar muçulmana e reportar-se a ele como um profeta, pedindo que seja o novo prefeito da cidade. “Gosto de afirmar isso de os eleitores douradenses virarem muçulmanos para pedir que eu saia candidato, mas, mesmo se isso acontecesse, eu ainda iria pensar”, disse, em tom de brincadeira.

No entanto, voltando a falar de forma mais séria, ele reforçou que só colocaria o próprio nome como opção nas eleições de 2024 para administrar Dourados na eventualidade de um consenso de uma frente ampla de partidos.

“Eu só coloco meu nome à disposição se houver um consenso, se as forças políticas da cidade entenderem que é importante criar um projeto que não se restrinja, não se apequene no sentido de ser um projeto pessoal ou um projeto de um partido em busca de poder”, argumentou.

Para Geraldo Resende, ele só sairá candidato se as pessoas que gostam da cidade e estão em vários partidos políticos, como PT, PL, PSDB e MDB, entenderem que é preciso alguém que tenha qualificação, preparo e condições de enfrentar os desafios que vão surgir para melhorar Dourados.

“Se houver essa consciência, então, eu saio candidato, caso contrário, eu não vou ficar disputando, brigando para ser candidato em uma cidade que, para melhorar, precisa de fato de uma administração diferenciada para enfrentar inclusive setores que se apoderaram dela, que vai desde o funcionalismo público, que torna os prefeitos reféns deles, até setores fora da administração municipal, que mandam na gestão”, declarou.

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