27/05/2021 14:02 Há 3 anos

Fiems defende lockdown caso seja necessário para conter terceira onda



Presidente da Fiems disse que decisão é difícil, mas recomendações do Prosseguir devem ser seguidas

O presidente da Federação das Indústrias de Mato Grosso do Sul (Fiems), Sérgio Longen, defendeu que as recomendações do Prosseguir sejam seguidas pelos empresários, conforme a classificação das bandeiras de cada município.

 

A afirmação foi feita nesta quinta-feira (27), durante inauguração da Startup do Sistema Fiems, em Campo Grande.

 

O Programa de Saúde e Segurança da Economia (Prosseguir) traz recomendações de acordo com a classificação de risco de cada cidade, sendo o lockdown recomendado apenas para os municípios classificados na bandeira cinza, de grau de risco extremo de contaminação da Covid-19.

 

Atualmente, apenas Dourados está no risco extremo no Estado.

 

“Lockdown é algo que tem que ser medido pela testagem, então existe um programa do governo do estado que avalia como está a nossa saúde e, dependendo de como anda a nossa saúde, você tem que adotar medidas duras. É impossível ver os postos e hospitais cheios, sem vagas e não tomar nenhuma atitude”, explicou Longen.

 

“O programa Prosseguir foi construído com esse objetivo muito claro de avaliar a saúde da nossa população, dependendo de como anda a saúde da nossa população, medidas devem ser tomadas e nós defendemos as medidas, porque é a saúde em primeiro lugar”, acrescentou.

 

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Longen afirmou ainda que a decisão de fechamento de uma empresa, seja comércio ou outra atividade não essencial, é uma decisão difícil e, para evitar que se chegue novamente neste ponto, medidas estão sendo tomadas por empresários para auxiliar as ações do governo e prefeituras.

 

Entre elas está o Programa Unidos pela Vacina, que reúne diversos segmentos do setor privado para auxiliar nas demandas mais urgentes dos municípios para a vacinação, como doação de geladeiras, máscaras, entre outros insumos, além de testagem em massa.

 

Ele destacou ainda que apenas a vacinação pode trazer resultados efetivos na pandemia, mas que as demais medidas que ajudem a conter o avanço da Covid-19 devem ser tomadas, para evitar cenários de colapso e mais mortes, principalmente com a terceira onda.

 

“A Fiems está de acordo com a necessidade, nós entendemos que, quando necessário, medidas duras devem ser tomadas em todos os ambientes. Isso é sa´pude, é uma pandemia, não podemos imaginar que uma pandemia se trata com vontade, é muito difícil a situação da decisão [do fechamento]”, disse.

 

“Claro que a gente teme a decisão de receber uma ordem superior para que feche seu estabelecimento. Isso é muito difícil para o empresário que tem contas a pagar, funcionários, água, luz, telefone, fornecedor, porém, quando você senta na cadeira e avalia os números da terceira onda que está chegando e está matando, você fica desesperado".

 

"É o desespero do empresário receber a condição de que o estabelecimento tem que fechar pelo bem da comunidade”, concluiu.

 

 

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No início da pandemia, em 2020, serviços não essenciais fecharam as portas em Campo Grande - Foto: Arquivo / Correio do Estado

 

Prosseguir

A maioria dos municípios do Estado está na bandeira vermelha, sendo 46 cidades nesta classificação de risco.

 

Outras 23 cidades estão na bandeira laranja, de risco médio e 9 na bandeira amarela, de grau tolerável.

 

Nenhuma cidade se classifica na bandeira verde, de grau baixo da Covid-19.

 

Quanto ao toque de recolher, nas cidades com classificação das bandeiras verde, amarela e laranja será mais flexível, das 22h até às 5 da manhã; os municípios de bandeira vermelha a partir das 21h; e na cinza, o toque de recolher deve acontecer das 20h até às 5 da manhã.  

 

Para gerar a classificação, o Prosseguir avalia seis indicadores municipais, sendo eles:

 

Taxa de rastreio e monitoramento de contato de casos confirmados e suspeitos de Covid-19;

Variação da incidência de casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) com confirmação ou suspeita de Covid-19;

Variação da incidência de casos de SRAG na população indígena;

Variação da incidência de novos óbitos por SRAG com suspeita ou confirmação de Covid;

Ocupação leitos de UTI do Sistema Único de Saúde por casos de SRAG/Covid-19;

Eficiência na aplicação das doses do programa de vacinação da campanha contra a Covid-19.

Através dessa classificação, são estabelecidas recomendações para municípios referentes ao ritmo de funcionamento das atividades socioeconômicas.

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