11/04/2022 11:47 Há 2 anos

Dólar opera em queda de 0,26%, vendido a R$ 4,697; Bolsa cai



Da redação

O dólar comercial operava em queda na manhã de hoje (11). Por volta das 10h20 (de Brasília), a moeda norte-americana caía 0,26%, vendida a R$ 4,697. Sexta-feira (8) o dólar caiu 0,68% e fechou a R$ 4,709 na venda. Por volta do mesmo horário, o Ibovespa, principal índice da Bolsa de Valores brasileira, operava em baixa de 0,82%, aos 117.348,453 pontos. No final da semana passada, o Ibovespa fechou em baixa 0,45%, a 118.322,258 pontos.

Investidores buscam indicações dos próximos passos do Banco Central, depois que a leitura de março do IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo), o índice oficial da ifnlação, surpreendeu para cima e colocou em xeque a perspectiva de encerramento do ciclo de aperto monetário em maio. O presidente do BC, Roberto Campos Neto, disse nesta segunda-feira que a alta de 1,62% dos preços ao consumidor em março, maior aumento para o mês em 28 anos, foi uma surpresa e que a autarquia está aberta a analisar o cenário se houver algo diferente do padrão. Seus comentários vêm depois de repetidas indicações de que o Banco Central estacionaria a taxa Selic em 12,75% em maio, ante patamar atual de 11,75%. O valor do dólar divulgado diariamente pela imprensa, inclusive o UOL, refere-se ao dólar comercial. Para quem vai viajar e precisa comprar moeda em corretoras de câmbio, o valor é bem mais alto.

Dólar deve voltar a patamar dos R$ 5
Juros mais altos são vistos como fator de suporte para o real, líder global de desempenho no acumulado de 2022, já que tornam a moeda mais atraente para estratégias de “carry trade” —que buscam lucrar com diferenciais de juros entre duas economias. Esse aspecto é atribuído por muitos como o responsável pela desvalorização de quase 16% do dólar no ano, já que, enquanto a taxa Selic está em dois dígitos, os custos dos empréstimos em muitos países desenvolvidos seguem em patamares próximos de zero ou até negativos.

Étore Sanchez, economista-chefe da Ativa Investimentos, disse à Reuters que a devolução das perdas do dólar em relação às mínimas de 2022 reflete uma percepção equivocada sobre o ingresso de recursos no país, num contexto de falta de dados sobre o fluxo cambial em meio à greve dos servidores do Banco Central.

Ele afirmou que o desmonte de posições em títulos prefixados por parte de agentes estrangeiros mais cedo neste ano levou muitos investidores à percepção de que havia muito dinheiro sendo direcionado para outros ativos brasileiros, o que derrubou o dólar “muito além do que precisava”. Quando foi retomada “a posição em LTN, consequentemente, essa percepção de fluxo se esvaiu”, o que devolveu algum terreno à moeda norte-americana.

Sanchez disse que o dólar tende a voltar para o patamar de R$ 5, já que a fundação macroeconômica do Brasil —marcada por incertezas fiscais— “segue a mesma”, enquanto, no exterior, o endurecimento da política monetária por parte do Federal Reserve tende a ofuscar o apelo do “carry” do real —quando o investidor toma empréstimos em países com juros baixos para aplicar em paises com juros mais baixos.

O banco central norte-americano já indicou que várias autoridades são a favor de aumentar os juros em doses de 0,50 ponto percentual ao longo dos próximos meses e começar a reduzir suas enormes participações em títulos, à medida que a inflação já alta é alimentada pelas consequências da guerra na Ucrânia. Em março, o Fed elevou os custos dos empréstimos pela primeira vez desde 2018, em 0,25 ponto.

*Com informações: UOL

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