Dólar fecha abaixo dos R$ 5, beneficiado por alta das commodities

O dólar comercial encerrou em queda significativa, abaixo da barreira dos R$ 5, com o mercado de câmbio local sendo beneficiado pela forte alta das commodities no cenário internacional, como o petróleo.

A moeda norte-americana fechou em queda de 1,43%, sendo negociada a R$ 4,9440, no menor nível desde 29 de junho de 2021, quando fechou em R$ 4,9419. Na mínima intradiária, a moeda chegou a ser cotada em R$ 4,9313.

O real foi a moeda com melhor desempenho numa cesta com as 33 principais divisas do mundo. Entre os emergentes, a tendência foi a mesma, mas com menos força. O dólar caía 0,73% em relação ao peso chileno, recuava 0,11% ante o rand sul-africano e recuava 0,07% contra o peso mexicano. O índice dólar, DXY, avançava 0,27%, a 98,50 pontos.

Juros futuros sobem
 
Os comentários do presidente do Federal Reserve (Fed), Jerome Powell, sinalizando a possibilidade de um aumento de juros nos Estados Unidos maior que 0,25 ponto percentual e de uma taxa contracionista (patamar que desacelera a atividade e a inflação) ao fim do ciclo guiaram os mercados de renda fixa globais nesta segunda-feira.

Por aqui, o tom contundente das declarações resultou em alta firme das taxas nas parcelas curta e intermediária da estrutura a termo da curva de juros, acompanhando a disparada dos rendimentos dos títulos do Tesouro americano (Treasuries).

No fim da sessão regular, às 16h, a taxa do contrato futuro de Depósito Interfinanceiro (DI) para janeiro de 2023 subia de 12,90% no ajuste anterior para 12,93%; a do DI para janeiro de 2024 avançava de 12,58% para 12,69%; a do DI para janeiro de 2025 saltava de 12,07% para 12,19%; e a do DI janeiro de 2027 saía de 11,91% para 11,975%.

Este conteúdo foi publicado originalmente no Valor PRO, serviço de informações em tempo real do Valor Econômico.