28/05/2025 11:30 Há 3 meses

Deputados rejeitam PL e Azambuja pode levar poucos deputados ao partido



Da redação

Os filiados ao Partido Liberal (PL) respiram aliviados com a recente movimentação política envolvendo a chegada de Reinaldo Azambuja (PSDB) ao partido. Apesar das especulações iniciais, a expectativa é de que essa nova filiação não traga um impacto significativo nas recentes adesões ao PL. Segundo apurações da nossa reportagem, a maioria dos deputados que fazem parte do grupo liderado por Eduardo Riedel (PSDB) e Reinaldo Azambuja não pretende seguir o ex-governador em sua nova jornada partidária.


Entre os deputados do PSDB, nomes como Beto Pereira, Dagoberto Nogueira e Geraldo Resende já deixaram claro que não pretendem se filiar ao PL. Em declarações feitas nesta manhã, Beto Pereira expressou que está aguardando definições sobre o futuro do próprio PSDB e participações em conversas sobre possíveis federações envolvendo outros partidos, como Republicanos, MDB e PSD. O deputado reforçou sua posição ao negar qualquer intenção de filiação ao PL neste momento.

Até o momento, a deputada estadual Mara Caseiro (PSDB) emerge como uma das únicas confirmações no PL, com a expectativa de concorrer a uma das vagas para deputada federal. Ela deverá ser acompanhada por Zé Teixeira (PSDB), outro deputado estadual que também está de olho em uma filiação ao PL, mas sua intenção é concorrer como deputado estadual. A situação gera muitas expectativas em torno do futuro político desses representantes, que ainda buscam estabilidade em meio a esse período de mudanças.

O cenário se complica ainda mais quando se observa que muitos outros deputados estão à espera de definições sobre suas direções políticas, tanto de Eduardo Riedel quanto de Reinaldo Azambuja. Um exemplo claro é o deputado Jamilson Name (PSDB), que declarou à nossa reportagem que está pendente de indicações de liderança para decidir sua filiação. Ele não descarta a possibilidade de se juntar ao PL, dependendo das orientações, mas a maioria dos deputados continua hesitante.

Atualmente, Riedel e Reinaldo reúnem um total de 21 deputados que estão presentes na coligação. Dentre eles, três já são filiados ao PL: Coronel David, Neno Razuk e João Henrique Catan. Embora tenha uma posição opositora, João Henrique está na expectativa de ser comandado por Reinaldo Azambuja caso sua filiação ao PL se concretize, gerando mais um ponto de incerteza nessa equação política.

Com a movimentação de Mara e Zé Teixeira, ainda restarão 16 deputados que precisam ser alocados em partidos que farão parte da coligação de Riedel. Dado que o grupo deseja manter uma estrutura enxuta, contando no máximo com quatro partidos, a situação se torna desafiadora. Essa configuração pressionará a concorrência por vagas, uma realidade que poderá impactar todos os envolvidos.

Em meio a esses desdobramentos, deputados do PL tiveram diálogos recentes com Jair Bolsonaro sobre a eventual filiação de Reinaldo Azambuja. Durante esses encontros, foi revelado o desejo dos deputados de acompanhar o processo de filiações, sobretudo com o receio de que a concorrência elevada possa prejudicar suas chances de reeleição.

Contudo, em uma recente reunião com Bolsonaro, Reinaldo trouxe à tona que o ex-presidente não estabeleceu vetos à entrada de novos filiados, o que abre um espaço considerável para novas adesões ao PL. Essa flexibilidade pode ser um aspecto positivo para a renovação política e a formação de alianças visando o futuro eleitoral. O desenrolar dos próximos dias será crucial para determinar como essas movimentações irão moldar o cenário político de Mato Grosso do Sul. Sobretudo, o foco será observar se os deputados conseguirão articular suas candidaturas em um cenário que já se mostra desafiador.

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