17/04/2024 17:16 Há 2 semanas

Deputado usa dinheiro público com aluguel de 4 escritórios de apoio no Estado



Desde outubro de 2020, Renato Câmara gasta R$ 7 mil por mês com imóveis alugados em Dourados, Ivinhema, Jardim e Juti

A farra com o dinheiro público que abastece a Cota para Exercício da Atividade Parlamentar (CEAP) da Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul não se limita a gastos em consultorias e divulgação da atividade parlamentar.

A mais nova modalidade de moer recursos públicos empregada por deputados estaduais são as despesas com aluguel de imóveis para escritório de apoio.

Em janeiro, o site MS em Brasília denunciou o uso ilegal da cota parlamentar com aluguel de moradia de luxo em Campo Grande (ver aqui). A despesa não está prevista no Ato nº 52, de 01 de outubro de 2019, da Mesa Diretora da Assembleia Legislativa.

 

Dessa vez, a farra é do deputado Renato Câmara (MDB), que chega a pagar aluguel de até quatro imóveis para escritórios de apoio no Estado.

 

Deputado usa dinheiro público com aluguel de 4 escritórios de apoio no Estado

Embora a norma não seja clara sobre quantos escritórios cada deputado pode ter, utilizar recursos públicos com parcimônia é um dever do agente público.

Até 2022, o deputado manteve quatro escritórios de apoio com dinheiro da CEAP: Dourados, Ivinhema, Jardim e Juti. Somente em 2023 foram torrados R$ 70 mil em verba pública.

 

Deputado usa dinheiro público com aluguel de 4 escritórios de apoio no Estado

Comprovante mais atual da locação em Ivinhema (Reprodução)
 

Nos três primeiros meses de 2024, o parlamentar torrou R$ 21.897,38 em aluguéis. Se mantiver essa média de despesa, chegará ao final de 2024 com gastos próximos de R$ 90 mil com a locação de imóveis.

Deputado usa dinheiro público com aluguel de 4 escritórios de apoio no Estado

Comprovante mais atual da locação em Jardim (Reprodução)


Essas despesas começaram a ser feitas pelo emedebista a partir de outubro de 2020, conforme consulta ao Portal Transparência. De lá para cá, Renato Câmara gastou R$ 210 mil em aluguéis com esses imóveis.

O aluguel mais caro é do imóvel que abriga o escritório em Dourados, que custa R$ 4.230,12. Já o escritório em Ivinhema é alugado por R$ 2.000,00; o de Jardim, R$ 500, e o imóvel em Juti, segundo os recibos de pagamentos, tem custo de R$ 400 mensais.

 

Deputado usa dinheiro público com aluguel de 4 escritórios de apoio no Estado

Comprovante mais atual da locação em Juti (Reprodução)

Outro lado

O MS em Brasília procurou o deputado Renato Câmara segunda-feira à noite (15) e terça-feira (16), pela rede social Instagram e pelo e-mail do gabinete, disponível no site da Assembleia.

Mas não houve resposta até o fechamento deste material. O espaço, no entanto, está aberto para manifestação do parlamentar.

 

MS em Brasília 

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