Afinal, as eleições em Dourados ainda não acabaram?

Essa pergunta, apesar de óbvia a resposta, se faz necessária quando invariavelmente se vê o derrotado no pleito de novembro último, deputado estadual José Carlos Barbosa, o Barbosinha (DEM) atuando na oposição à gestão do vencedor Alan Guedes (PP).

São vários e claros os exemplos dessa oposição, esquecendo-se o deputado derrotado que a atual gestão recém chegou ao Paço Municipal, e foi antecedida por Délia Razuk (sem partido), e esta era aliada de Barbosinha há época de seu governo.

Importante ainda destacar que Barbosinha é deputado de dois mandatos, e parte dos problemas crônicos da cidade se agravaram devido a inação sua, que poderia, por exemplo, ter viabilizado mais leitos de UTI para a cidade de Dourados, ou ainda garantido o pleno funcionamento do Hospital Regional de Cirurgias, elefante branco da saúde de Dourados (pra nada serve, ou quase nada).

Na contramão, surfando na onda da articulação política da atual gestão municipal, quando Alan conseguiu junto ao governador Reinaldo mais dez leitos de UTI para o Hospital da Vida, Barbosinha e tantos outros inativos soltaram releases apadrinhando os leitos, sem pudor algum, sabedores que o pleito se deu diretamente por Alan junto ao Governo.

Posturas como essa, a de não aceitar o resultado das urnas, ou seja, a vontade do povo, apostando no “quanto pior, melhor”, nada contribuem para o desenvolvimento da cidade, que está abandonada há anos.

O Deputado precisa aceitar o resultado das urnas, entender seu papel de liderança local, ajudar a administração municipal, principalmente porque é próximo e proeminente no Governo Estadual.

Com isso, ou seja, com uma postura republicana, digna de um verdadeiro Estadista, estará não só ajudando Dourados a sair do buraco em que foi enfiada, mas também estará garantindo sua reeleição e carreira política, aliando-se ao lado certo: o povo, que assim decidiu, não atoa, pois está cansado de posições postas “goela abaixo”.