28/09/2023 19:13 Há 8 meses

2 anos de luta: familiares enlutados continuam busca por Justiça



Familiares da Sra. Terezinha Aparecida Sutiér de Lima, vítima fatal de acidente automobilístico, participam de audiência inicial no processo em que buscam por justiça e indenização pela morte da mulher que era o pilar da família e referência em toda sociedade.

Nesta quarta-feira, 27/09/23, no fórum de Dourados, dia que se completam exatos 2 anos do acidente que tirou a vida da Sra. Terezinha, seus familiares participaram de audiência inicial de mediação do processo judicial em que buscam por Justiça, e que tramita pela 5ª Vara Cível de Dourados (0812867-10.2022.8.12.0002).

No processo a família se mostra inconformada com o desinteresse da cerealista OB nos tratos com a rodovia, que deixou de fazer as adequações necessárias para a entrada dos caminhões que carregam e descarregam diariamente no local, contribuindo por isso decisivamente, e com culpa, para o acidente.

A intenção com o processo é obter uma reparação indenizatória que obrigue a cerealista a entender que precisa proceder as correções na via, pois só isso poderá salvar a vida de outras pessoas evitando que novos acidentes aconteçam no mesmo local.

Para isso contrataram um escritório de advocacia especializado em reparação de causas acidentárias. O Dr. Rafael Medeiros, sócio proprietário do escritório Medeiros & Medeiros Advogados Associados SS pontua: ‘‘É inadmissível que não tenha sido feita nenhuma modificação de segurança na rodovia, 2 anos após o acidente da Sra. Terezinha, a família não peca por lutar e faremos tudo que tiver ao nosso alcance para representar o sentimento de cada um deles’’.

Apenas o tempo esclarecerá como será o desenrolar dos acontecimentos no processo, se haverá adaptações de segurança na rodovia e se a família de Terezinha Aparecida Sutiér de Lima terá vitória em sua busca por justiça. Nesta terça o resultado da sessão de mediação consignado em ata foi conciliação frustrada.

 
Relembre o caso

No dia 27 de setembro de 2021, um acidente automobilístico ocorreu no trajeto Dourados/MS para Fátima do Sul/MS, ceifando a vida de uma mulher trabalhadora e aguerrida, Terezinha Aparecida Sutiér de Lima.

Segundo informações dispostas pela defesa dos familiares, o acidente se deu quando um caminhão trator Volvo, atrelado a um Semirreboque colidiu frontalmente com o veículo GOL (VW/GOL 1.0, placa HSJ1H66, ano 2006) em que Terezinha estava.

A dinâmica se deu quando o motorista do caminhão teve que realizar uma conversão à esquerda para adentrar nas dependências da empresa OB- COMERCIO DE CEREAIS LTDA. Para isso, ele reduziu a velocidade e invadiu a pista contrária, momento esse em que se deu a colisão.

Acontece que naquela rodovia, não há qualquer tipo de recuo, rotatória ou acostamento, que torne segura a entrada de veículos na empresa. Ou seja, isso significa que qualquer pessoa que tenha que realizar essa conversão para adentrar na OB - COMERCIO DE CEREAIS LTDA corre sério risco de colidir frontalmente com veículos que vem em alta velocidade da pista contrária, gerando uma fortíssima colisão.

O mais surpreendente de tudo isso, é que a rodovia BR-376 km 19, palco do acidente que ceifou a vida de Terezinha, segue sem qualquer adaptação até os dias de hoje. Mesmo após a colisão em 2021, nenhuma modificação foi feita na rodovia afim de trazer segurança aos motoristas transeuntes.

Não obtivemos êxito no contato com as empresas processadas até o fechamento desta reportagem, mas o espaço está aberto.

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